Sexta, 2 de agosto de 2024
Escrito por Marino Alves de Faria Filho, professor e coordenador de cursos nível médio e superior.
O mundo dos negócios busca por profissionais que tenham, dentre outras habilidades comportamentais: resiliência, proatividade e empatia para os seus clientes tanto internos quanto externos à organização. Os cenários produtivos e o de gestão estão cada vez mais complexos e dinâmicos ainda mais com o desenvolvimento de novas tecnologias nas relações comerciais, produtivas e sociais.
Segundo estudo realizado pelo Itaú Educação e Trabalho, Fundação Roberto Marinho, Fundação Arymax, Fundação Telefônica Vivo, GOYN SP, Instituto Cíclica e Instituto Veredas, jovens entre 14 e 29 anos 39% destes buscam apenas o trabalho como forma de subsistência e não estão nos bancos de sala de aula, outros 15% apenas estuda e 14% estudam e trabalham. Em pesquisa realizada pelo IBGE a taxa de desocupação entre os jovens de 18 a 24 anos é de 18% (mais que o dobro da média geral, de 8,1%), 27% desse grupo é considerado “sem-sem”, sem oportunidade de estudar e trabalhar. Por último, 5% dos jovens estudam e estão desempregados. Estas informações fazem parte do estudo intitulado “Futuro do Mundo do Trabalho para as Juventudes Brasileiras”, que apresenta as tendências e o retrato das juventudes no país em busca de estratégias para a inclusão produtiva e social desse público.
O Governo Federal enfatiza a importância da educação profissional como modalidade relevante e estratégica para o Brasil, pois impulsiona a produtividade e a competividade nacional, o chamado educação profissional e tecnológica (EPT). (Novos Caminhos – O potencial (mec.gov.br)
Mas fica a minha reflexão: como escolher este jovem para ocupar as vagas disponíveis?
Na minha experiência docente (mais de 32 anos) vejo que há um desafio maior ainda para este jovem se inserir e manter-se competitivo no mercado de trabalho que vai além da capacidade técnica (conhecer sobre a área de atuação), do desejo de realizar uma carreira ou mesmo de programas governamentais e/ou empresariais visando estimular o ingresso no mundo do trabalho: trata-se da palavra-chave, ATITUDE.
Observo que o jovem tem o desejo, tem o apoio de organizações, tem a possibilidade de ampliar sua capacidade técnica, mas lhe falta a essência para o sucesso: a atitude! Muitas vezes atitudes dizem mais do que qualquer discurso que se queira proferir. Na Fundação FAT temos a nossa Escola Técnica FAT que dispõe de bolsas de estudos para os cursos ofertados nas áreas de Administração, Recursos Humanos e Serviços Jurídicos. Esta modalidade de oferta está na sua 3ª edição de formação de jovens e adultos para atuar nas respectivas áreas.
Nos deparamos com alunos que por meio da atitude faz a diferença na busca de oportunidades recebidas. Ele vai atrás, pois sabe que o não ele já tem! E havendo pessoas que estejam perto dele orientando-o este aluno consegue obter sucesso em processos seletivos, pois teve a atitude de ir atrás de seus sonhos. Este tipo de comportamento tende a fazer a grande diferença no mercado de trabalho.
Não se pode compartilhar e dar muita atenção à geração dos “mimimis” como padrão para a realização de sonhos e conquistas profissionais. Faz-se necessário sair da zona de conforto, se motivar e ir atrás daquilo que almeja. Uma atitude positiva é caracterizada pela percepção das diferentes situações que se encara na vida (independentemente de ser fácil ou difícil). A atitude está associada à: satisfação (gostar do que faz) e ao comprometimento (aprimorar-se na área onde exerce ou quer exercer uma profissão).
A atitude tem muito a ver com a maneira como nós agimos e reagimos frente ao que a vida nos proporciona. A atitude nos leva a colher aquilo que, por meio dos nossos atos, realizamos!
Em Eclesiastes 11,4 encontramos “quem fica observando o vento não plantará, e quem fica olhando para as nuvens não colherá”, ou seja, ficar parado observando ou querendo, mas não plantar (ação) não vai obter os frutos desta colheita.
A atitude é um dos grandes diferenciais para que o novo profissional ou para quem já está na área faça acontecer na vida. Tenho experiências de alunos que pedem a oportunidade de lançar-se no mundo do trabalho e que ao responder que para tal vai precisar de X, Y e Z de competências ele já desiste alegando muitas coisas e/ou afazeres que o impediram de ir, triste né?
Que este pequeno relato aqui possa lhe fazer refletir: se eu não tiver atitude para aquilo que almejo serei mais um que fará parte da geração dos “mimimis”. Sucesso na sua caminhada com muita atitude!